Podem dizer-me individualmente qual dos 16 jogos de Game & Wario é o vosso favorito?
Para mim é o “GAMER”.
Sim, também tenho de escolher o “Gamer”.
Eu também.
A sério? Então vocês todos escolhem o mesmo jogo? (risos)
Bem, é um jogo muito assustador.
...É assustador? Julgava que os títulos WarioWare deviam ser engraçados e pôr toda a gente a rir quando os jogamos! Como é que é assustador?
No “GAMER”, o jogador usa o Wii U GamePad para jogar vários microjogos WarioWare enquanto consegue ver o seu quarto no ecrã do televisor. A mãe está a fazer a patrulha à porta do quarto e se achares que ela te vai apanhar tens de parar de jogar e fingir que estás a dormir.
Se a tua mãe te apanha é “Game Over!” (risos)
Sabes aquela sensação de quando estás a conduzir e quase tens um acidente? Há ali um momento em que todo o teu corpo treme. Quando parece que a tua mãe te vai apanhar, o sentimento é muito semelhante!
Bolas, achas mesmo que é uma comparação justa? (risos)
Não, ela tem razão. É mesmo assim tão assustador. Mas não é como um jogo de terror em que o medo é instigado pela utilização de imagens assustadoras.
Bem, os gráficos deste jogo são muito baratos e animados, não são? (risos)
Sim, mas apesar disso o jogo é assustador. É algo que só conseguimos alcançar porque tínhamos dois ecrãs: o ecrã do GamePad e o do televisor. É muito assustador quando o jogas pela primeira vez, mas com o passar do tempo torna-se divertido. No fundo, do riso ao medo não há uma grande distância...
Sim, em certa medida o medo e o riso são os dois lados da mesma moeda, e quando levas cada um deles ao extremo tornam-se mais ou menos indistinguíveis.
É mesmo isso que eu acho que conseguimos alcançar com este jogo.
Quando testei pela primeira vez o protótipo do “GAMER”, disse logo: “É isto! É isto mesmo!”
Por acaso ouvi Sakamoto-san. Estava a jogar o “GAMER” e só se ouvia: “Ahhh, hahaha!”
Não tenho bem a certeza do significado de “Ahhh, hahaha!” (risos)
(gargalhadas)
Não estava sentada perto de Sakamoto-san, mas outros membros da equipa que estavam ao pé dele conseguiram ouvi-lo a falar sobre o jogo e ele disse algo do tipo: “Isto é o que eu sempre quis fazer e eles chegaram e conseguiram fazê-lo!” Quando ouvi isto fiquei muito contente.
Abe-san, tu usas o Sakamoto-san como uma espécie de sensor que consegue ver se um jogo é bom ou mau, por isso estas palavras devem ter sido particularmente agradáveis para ti.
Foram, pois! (risos)
Acredito mesmo que é um jogo muito inovador e cerca de 89 por cento da energia que gastei em Game & Wario foi direcionada para o “GAMER”.
Sim, realmente também fiquei com essa ideia! (risos)
Estava sempre a dizer: “Se acertamos nisto, vamos mesmo entrar em território novo! Não podemos dar-nos ao luxo de falhar este!”, “Quando o apresentarmos ao mundo, este jogo tem de ser o melhor possível!” Não podia haver aqui nenhuma solução de compromisso. Ou pelo menos, foi isso que pedi a Abe-san para fazer.
(risos)
É por isso que quero que as pessoas tenham a oportunidade de jogá-lo. Gostava que o jogassem já, mas não o podem jogar logo desde o início, pois não?
Bom, se jogares Game & Wario durante algum tempo, terás acesso a este jogo.
Acho mesmo que é um grande jogo e é bastante assustador. Vais ser surpreendido!
Acredito que sim! (risos) E que outros jogos recomendas?
Para mim, o “PIRATES”. Temos um navio pirata no centro do ecrã e vão sendo disparadas dele setas que tens de bloquear com o Wii U GamePad. O nosso objetivo inicial era criar um jogo onde sentisses que os objetos estavam a ser arremessados na tua direção a partir do televisor.
Este é um jogo que apenas é possível com o Wii U GamePad, não é?
Uma das coisas que tivemos de ter em conta foi que os jogadores têm televisores de diferentes tamanhos, e vão segurar no Wii U GamePad a diferentes distâncias do ecrã. Tentámos construir um ritmo de acordo com a cadência com que as setas voavam do ecrã. Não tornámos o jogo assim tão difícil e fizemos com que fosse bastante divertido jogar assim que conseguires entrar no ritmo da música e o teu corpo se começar a mover em sintonia com ela. Com o “PIRATES”, conseguimos captar aquela sensação de jogar num salão de jogos, onde precisas de muito espaço e de uma grande máquina, mas conseguimos fazer com que desfrutes do jogo no conforto da tua casa.
Eu gosto bastante do “SKI”. Para alguém tal como eu, que vem da geração Famicom18, é muito bom ter um jogo que tem controlos tão simples mas em que vais melhorando progressivamente à medida que jogas. É por isso que recomendo que experimentem o “SKI”. Controlas o jogo usando um movimento muito simples com o Wii U GamePad, mas os gráficos são muito ricos e detalhados – de certo modo até desnecessários. Mas faz com que seja muito divertido! (risos)18. Famicom: Também conhecida como Family Computer System, que é o nome japonês para a consola Nintendo Entertainment System. A Famicon foi lançada no Japão em 1983.
Bem, penso que é um jogo algo estranho, se posso pôr as coisas nestes termos, porque as imagens que o jogador vê no Wii U GamePad são muito pobres, enquanto os gráficos que todos veem na televisão são muito bons.
Bem, isso apenas quer dizer que a pessoa que está a jogar vai encorajar os outros a experimentarem! (risos)
É como se estivesse a dizer: “Alguém pode jogar para que eu possa ver os gráficos?” (risos)
Sim, era mesmo esse o objetivo.
Desculpa estar a repetir o que já foi dito, mas também gostava de recomendar o “SKI”. O modo de jogo de que mais gosto é o Ski Bunny Slopes onde tentas esquiar com umas raparigas. É um jogo que não tem fim. Quando te aproximas de uma rapariga a descer uma montanha, ela vai cumprimentar-te de um modo encantador e esquiar atrás de ti. O objetivo é ter nove raparigas a esquiar atrás de ti e chegar ao fim da pista. Ah, é tão divertido! (risos)
(risos)
Existe outro modo de jogo no “SKI”, que na verdade não é mais do que uma simples corrida de esqui. Eu sou muito mau nesse. Mas basta mencionar que posso convencer raparigas a esquiar nas montanhas comigo que as minhas técnicas de esqui melhoram imenso! (risos)
(gargalhadas)
Melhoro tão drasticamente que se torna um pouco desconcertante!
O que será que está a melhorar a tua técnica tão drasticamente?...
Humm... O que será? (risos) Bem, seja o que for, assim que aquelas raparigas aparecem nas pistas, sinto logo que sou um grande esquiador.
(gargalhadas)
Normalmente consigo convencer as nove raparigas a seguirem-me na pista. Não consigo explicar-vos o quanto gosto disso!
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