Sempre que fazemos adições à série aumentamos o número de personagens, e o Smash Bros. Brawl levou-o ao limite. No entanto, creio ser melhor os nossos jogadores deixarem o website Smash Bros. Dojo confirmar este facto.
Definitivamente. (risos)
Contudo, gostaria de abordar duas das novas personagens, Snake e Sonic. Obviamente, estas duas personagens foram as primeiras a ser convidadas para o mundo da Nintendo.
Correcto. Sei que sou eu o entrevistado, mas gostaria de te perguntar como se sentiu a Nintendo relativamente a ter personagens externas no jogo.
Quer saber se estávamos ou não de acordo?
Exacto.
Em grande parte, todos compreenderam visto ser essa a natureza do Smash Bros. No entanto, houve debates relativamente a onde estabelecer o limite. Mas para a maioria foi prontamente resolvido, uma vez que estávamos tranquilos por estar encarregue da selecção. Eu próprio pensei que seria melhor tornar o jogo tão inclusivo e divertido quanto possível, uma vez que oportunidades festivas como o Smash Bros. não surgem com frequência.
Fico contente por todos terem sentido que podiam confiar em mim. Falando por mim, não tenho quaisquer arrependimentos relativamente à incorporação do Snake e Sonic no jogo, e creio que a sua inclusão valeu bem a pena.
Agora que os colocou no jogo, pode falar sobre eles?
Humm, o que posso dizer? Creio serem personagens sólidas com bastante potencial.
Por serem personagens não-Nintendo?
Exacto. É certo que têm algo que as distingue. Não é que estivesse propositadamente a tentar conceber personagens Nintendo e não-Nintendo, mas senti que são moldadas de forma diferente das outras personagens no que se refere às leis do Smash Bros..
Fiquei impressionado com os resultados finais. Misturam-se como se tivessem estado sempre presentes, mas possuem também uma aura fresca e nova.
Obrigado. Creio que, assim que utilizamos estas personagens e aprendemos os seus movimentos, apercebemo-nos de como diferem das outras personagens. No fim de contas, apresentam características que não podem ser simplesmente obtidas aumentando o número de personagens Nintendo. Tive até oportunidade de ir ao limite relativamente às suas exibições.
A que tipo de características te referes? A forma como saltam, por exemplo? No fim de contas, o salto do Mario, do Samus e do Sonic, todos são diferentes, certo?
É verdade.
Podemos não ter uma percepção imediata, mas as diferenças tornam-se óbvias quando olhamos mais de perto para as personagens. O facto de o Smash. Bros conseguir colocar estas diferenças no ecrã sem desviar as atenções é não só mistificante, como também uma das suas características únicas.
Creio que tens razão. E aplica-se a todas as personagens, não apenas ao Sonic e Snake, uma vez que pegamos em personagens com diferentes capacidades e as colocamos todas no mesmo jogo. Descobrir como cada personagem deve interagir neste ambiente é algo sempre divertido de fazer.
Mas deve ser também desafiante. No fim de contas, podemos apenas seleccionar um número limitado de movimentos e capacidades de entre o arsenal de cada personagem ao incorporá-las no Smash Bros. Tal força-nos a ser extremamente cuidadosos ao olhar para uma personagem e escolher como e quais as capacidades a utilizar. Por outras palavras, o que encontramos no Smash Bros. é uma versão concentrada da personagem.
Certo.
Além disso, tens de te certificar de que todas as personagens estão bem equilibradas. Tiveste alguma dificuldade com este aspecto do jogo?
Claro que tive. A aparência é melhor se, por exemplo, personagens rápidas fizerem aterragens suaves, o que por sua vez distingue uma personagem de outra. No entanto, se as tornarmos muito rápidas, tornam-se difíceis de controlar, prejudicando o equilíbrio geral. Foi por isso que trabalhei tão arduamente para ajustar os atributos de cada personagem.
Já agora, quantos atributos diferentes possui, em média, cada personagem?
Provavelmente mais do que possas enumerar. (risos) Posso arriscar dizer que andam na casa das centenas.
Tal significa que para cada personagem atribuis valores para centenas de atributos, de forma a evitar vantagens esmagadoras e preservar as forças individuais. Parece ser algo incrivelmente árduo.
Creio que tudo faz parte do trabalho. (risos)
E um trabalho que não pode deixar nas mãos de outros.
Exacto.
Na verdade, creio que a confiança das pessoas nesta parte do seu trabalho é o que lhes permite conceder-lhe estas personagens. Estão dispostas a deixá-las ao seu cuidado porque sabem que irá fazer um bom trabalho.
Longe de ser um fardo, é uma honra.
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